Relacionamentos abusivos: como reconhecer e lidar com vínculos que machucam
- Mariana Mejan
- 4 de jul.
- 3 min de leitura
Os relacionamentos amorosos fazem parte da vida de muitas mulheres. Eles podem ser fontes de apoio e afeto — mas também podem gerar dor, desgaste emocional e confusão. Neste artigo, vamos falar sobre relacionamentos tóxicos, comunicação difícil, ciúmes excessivos e o fim de uma relação, temas que atravessam a vida de diversas mulheres e impactam diretamente sua saúde emocional.

Como identificar relacionamentos abusivos no dia a dia?
Nem todo abuso é visível. Em muitos casos, o abuso é emocional, psicológico ou sutil, o que dificulta sua identificação. A mulher pode se sentir culpada, confusa ou duvidar da própria percepção.
Sinais de alerta incluem:
Controle excessivo sobre o que você faz, veste ou com quem se relaciona
Críticas constantes e desvalorização de quem você é
Isolamento de amigas, família ou atividades que te fazem bem
Chantagens emocionais, manipulação e ameaças veladas
Culpabilização frequente: você sempre acaba sendo a “errada”
Relacionamentos abusivos não começam com violência. Muitas vezes, começam com afeto exagerado, promessas grandiosas e idealização — o chamado ciclo do abuso.
Na terapia, é comum escutarmos relatos de mulheres que viveram relacionamentos abusivos, marcados por controle, manipulação emocional e silenciamento.
Comunicação: quando falar vira conflito
A forma como nos comunicamos dentro dos relacionamentos pode fortalecer ou fragilizar o vínculo. Quando o diálogo é interrompido por críticas, ironias ou silêncios punitivos, é difícil construir confiança.
Alguns desafios comuns na comunicação:
Medo de falar e provocar brigas
Sentimento de que suas necessidades são ignoradas
Discussões que sempre acabam no mesmo ponto
Dificuldade em expressar emoções sem ser julgada
Aprender a se comunicar de forma assertiva e empática é um processo que pode ser desenvolvido, inclusive na terapia. E, muitas vezes, é preciso que ambos estejam abertos ao crescimento.
O ciúmes pode ser normal?
O ciúmes é uma emoção comum, mas quando se torna constante e controlador, ele deixa de ser cuidado e passa a ser opressão. Em muitos casos, o ciúmes é usado como justificativa para atitudes abusivas, como invadir a privacidade, fazer acusações ou proibir saídas.
Reflexões importantes:
Você sente que precisa se justificar o tempo todo?
Já parou de fazer coisas que gosta por medo de provocar ciúmes?
O ciúmes do outro é usado como “prova de amor”?
Ciúmes excessivo não é amor — é sinal de insegurança e controle. Relações saudáveis são construídas com base na confiança e no respeito à individualidade.
Quando um relacionamento chega ao fim
Lidar com o fim de um relacionamento pode ser doloroso, mesmo quando a decisão é necessária. O luto amoroso é real e envolve várias fases: negação, raiva, tristeza, aceitação e reconstrução.
Dicas para viver esse processo com mais autocuidado:
Permita-se sentir. Não reprima a dor, ela precisa ser acolhida.
Evite romantizar o que te machucava. Olhe com honestidade para o que não fazia bem.
Busque apoio emocional — seja em amigas ou na terapia.
Não se cobre por “superar rápido”. Cada mulher tem seu tempo.
O fim pode ser o início de uma nova fase de reconexão com você mesma.
Você merece vínculos que te respeitem
Relacionamentos devem ser espaços de crescimento, segurança e afeto mútuo. Quando uma mulher precisa se apagar, se calar ou se encolher para caber em uma relação, algo está errado.
Na psicoterapia, é possível reconstruir sua história de forma mais consciente, ressignificar vivências e desenvolver recursos emocionais para se posicionar de forma mais firme e cuidadosa.
Está vivendo um relacionamento difícil?
Você não precisa passar por isso sozinha. Se você se identificou com este texto ou sente que está vivendo um relacionamento que te faz mal, procure apoio psicológico. A escuta terapêutica pode te ajudar a entender seus sentimentos, fortalecer sua autoestima e tomar decisões com mais clareza.
✨ Vamos conversar? Agende uma sessão comigo e dê esse passo por você.
MARIANA MEJAN
Psicóloga Clínica Especialista em Mulheres
CRP: 06/92638
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