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Saúde mental da mulher: desafios e como prevenir o adoecimento emocional

  • Foto do escritor: Mariana Mejan
    Mariana Mejan
  • 11 de jul.
  • 4 min de leitura

A saúde mental da mulher é uma pauta urgente — mas ainda cercada de estigmas, silêncios e negligências. Embora as mulheres estejam cada vez mais presentes no mercado de trabalho, nos estudos e em espaços de decisão, ainda acumulam funções, enfrentam desigualdades e são afetadas por múltiplos atravessamentos que impactam diretamente seu bem-estar emocional.

Neste cenário, falar sobre prevenção é essencial. Cuidar da saúde mental não significa apenas buscar ajuda em momentos de crise, mas também reconhecer os sinais de alerta, fortalecer vínculos, desenvolver recursos internos e criar uma rede de apoio sólida. A saúde emocional também se cultiva — com informação, escuta e escolhas conscientes.

Mulher mais velha com expressão de preocupação, tocando a cabeça com uma das mãos — representando sofrimento emocional.

Quais desafios impactam a saúde mental das mulheres?

Ao longo da vida, as mulheres enfrentam diferentes pressões que atravessam seus corpos, rotinas e emoções. Essas pressões não surgem do nada — são fruto de uma estrutura social que sobrecarrega, silencia e cobra constantemente. Mudanças hormonais, experiências de violência, desigualdades no trabalho, múltiplas responsabilidades e padrões estéticos irreais são apenas alguns dos fatores que podem gerar sobrecarga emocional, exaustão e sofrimento psíquico.

E quando algo não vai bem, o corpo e a mente costumam dar sinais: alterações no sono e no apetite, oscilações de humor, cansaço persistente, isolamento, pensamentos negativos ou sintomas físicos sem causa aparente. Esses sinais não devem ser ignorados — mesmo que apareçam de forma sutil, eles são convites ao cuidado.


Como prevenir o adoecimento emocional das mulheres?

A prevenção em saúde mental passa pela construção de ambientes mais saudáveis, pela escuta ativa das necessidades femininas e pelo enfrentamento das violências que atravessam a vida das mulheres. Veja algumas formas de promoção e proteção da saúde mental feminina:


1. Atenção ao estilo de vida e rotina emocional

Adotar hábitos saudáveis não se resume à alimentação ou prática de exercícios. Envolve também reconhecer o próprio ritmo, respeitar limites, aprender a dizer “não” sem culpa, reduzir a autocobrança e reservar momentos de prazer e descanso. Estudos mostram que hábitos simples, como dormir bem, manter uma rotina estável e ter momentos de lazer, têm impacto direto na redução da ansiedade e do estresse.


2. Fortalecimento do autoconhecimento

Conhecer-se é um ato de autonomia. Quando uma mulher se aproxima da própria história, ela ganha recursos para lidar com suas emoções, compreender suas reações, acolher suas dores e fazer escolhas mais alinhadas com quem é. O autoconhecimento é um dos pilares da prevenção em saúde mental e pode ser desenvolvido com apoio psicoterapêutico.


3. Criação e fortalecimento de redes de apoio

Relacionamentos saudáveis protegem a saúde mental. Ter com quem contar em momentos difíceis, poder falar sem medo de julgamento e se sentir pertencente a um grupo faz diferença. Redes de apoio, como amigas, familiares, comunidades e grupos de escuta, funcionam como sustentação emocional e reduzem o isolamento tão comum entre mulheres.


4. Acesso à informação e educação em saúde mental

Promover saúde mental também passa pela educação emocional. Saber identificar sinais de alerta, compreender o que é um transtorno psicológico, conhecer os efeitos do estresse crônico e saber onde buscar ajuda são formas de prevenção. A informação certa no momento certo pode salvar vidas — e aliviar sofrimentos que por vezes são silenciados por vergonha ou desconhecimento.


5. Reconhecimento e tratamento precoce de sintomas

É essencial que mulheres possam reconhecer, desde cedo, quando algo não vai bem. Muitas vezes, sintomas como irritabilidade, choro frequente, cansaço extremo ou falta de interesse pelas atividades do dia a dia são normalizados — especialmente entre mulheres que acumulam funções. A busca precoce por ajuda psicológica pode impedir que quadros leves evoluam para transtornos mais graves.


6. Atenção à maternidade e às fases de transição

Períodos como a gestação, o puerpério, a menopausa ou mudanças profissionais e relacionais podem ser momentos de maior vulnerabilidade emocional. Nesses momentos, é fundamental oferecer suporte, acolhimento e estratégias de cuidado que levem em conta a realidade de cada mulher. A prevenção também passa por estar presente quando há mudança.


7. Políticas públicas e responsabilidade coletiva

Cuidar da saúde mental das mulheres não é apenas responsabilidade individual — é também um compromisso coletivo. Políticas públicas de saúde, equidade de gênero, combate à violência e valorização do cuidado precisam ser fortalecidas para que as mulheres tenham condições reais de viver com mais saúde, dignidade e bem-estar emocional.


8. Combate ao estigma e acesso à terapia

A psicoterapia é um recurso potente na prevenção do sofrimento psíquico. Ela oferece um espaço seguro para elaborar vivências, desconstruir padrões, desenvolver novas formas de se relacionar com o mundo e fortalecer a autonomia emocional. Ainda assim, muitas mulheres enfrentam o estigma de “ter que dar conta sozinha” ou o medo de parecer “fracas” ao buscar ajuda. É preciso desconstruir essas ideias — pedir ajuda é um ato de coragem e cuidado.


Para finalizar...

Prevenir o adoecimento emocional das mulheres é mais do que evitar sofrimento — é promover vida plena, relações saudáveis e uma existência mais leve e autêntica. E isso começa com o simples, mas profundo gesto de escutar e validar as emoções.


MARIANA MEJAN

Psicóloga Clínica Especialista em Mulheres

CRP: 06/92638



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